Hoje vamos de filme de época (meu gênero predileto), mas a dica é hot até para quem não curte Jane Austen, autora de sucessos como “Orgulho e Preconceito”, e suas variantes.
E se você não ligou o nome à quentura do filme, refresco sua memória. “O Amante de Lady Chatterley” é uma obra fartamente adaptada para o cinema, cujo enredo resumido é mais ou menos assim: Connie, uma jovem aristocrata moderninha, se casa com Clifford Chatterley, o que aparentemente lhe garantirá uma vida de riqueza e privilégio (estamos no começo do século XX, na Inglaterra, e o casamento ainda é o foco das mulheres de todas as classes sociais). Essa união perfeita vira uma prisão quando Clifford volta da guerra sem se movimentar da cintura para baixo e resolve se mudar com a jovem esposa para a propriedade rural da família, nos arredores de Londres.
É justamente nas tardes preguiçosas e sem muitos atrativos de Wragby que o escocês Oliver Mellors (o gatíssimo Jack O’Connell), guarda florestal da família que acaba de chegar da guerra, surge e rouba a cena. Tosco e atencioso na mesma medida, ele rapidamente fisga a entediada dona da casa, dando início a um tórrido romance.
Quando a vizinhança e os empregados começam a comentar, Connie (vivida por Emma Corrin) é forçada a tomar uma decisão, entre esquecer tudo o que viveu e continuar com o marido ou viver seu o grande amor.
EXTRAS: “O Amante de Lady Chatterley” é baseado no livro de mesmo nome escrito por DH Lawrence em 1928. Considerado escandaloso por seu conteúdo erótico, o romance foi proibido na Inglaterra e só chegou ao público depois de ser lançado por uma pequena editora de Florença, na Itália. Embora a obra só tenha sido publicada no país de origem 30 anos depois, acabou chegando a muita gente como uma espécie de romance secreto.
SERVIÇO: “O AMANTE DE LADY CHATTERLEY”, Netflix
NATALIA DORNELAS (TEXTO), NETFLIX (FOTOS)