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Ainda estou na ressaca do Uruguai, país que adorei conhecer e onde viveria tranquilamente por um tempo. Todo mundo me pergunta se vale a pena sair da aposta óbvia de ir para a Argentina para visitar essa terra que é conhecida pela elegância, pela calma e pela carne.
Sigo preferindo não fazer comparações, falar da efervescente Buenos Aires e da austera Montevideo está longe de ser a mesma coisa, é como tentar equiparar Paris e Madrid, Londres e Edimburgo… Sendo assim, prefiro contar das coisas incríveis que a terra de Mujica tem e uma delas é a preciosíssima cidade de Colônia de Sacramento.
Fundada em 22 de janeiro de 1680 por Manuel Lobo, Governador da Capitania Real do Rio de Janeiro, a mando do Império Português, a cidade entra naquela categoria “parece que já estive aqui” e tem um charme que não se vê dando sopa por aí.
Reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, Colônia é o cenário perfeito para quaisquer aventuras, reais ou imaginárias, e tem uma vida boêmia interessante. Passei por lá em pleno domingo, com destino a Buenos Aires – na próxima vez, volto e “me quedo” por mais tempo – e me deparei com um ensaio do “candombe” (o Carnaval deles), que arrastava turistas e moradores pelas ruas de pedra cujo remanso me fez lembrar Tiradentes, Paraty, Ouro Preto, Lisboa… enfim, a gente se sente em casa.
Trata-se de um povoado construído dentro de uma fortaleza e que tem o Rio da Prata, onipresente, como testemunha. Aliás, é dali que muitos turistas partem para Buenos Aires de ferry (são cerca de 50 km), travessia que eu fiz tanto para ir quanto para voltar.
Um dica? Andar pelas ruas sem roteiro e terminar a marcha comendo um chivito (uma espécie de hambúrguer com sotaque uruguaio), no charmoso “¡Qué Tupé!”, bar que fica ao pé da matriz e que, acredite, tem uma namoradeira mineira na janela lateral. Mais memória afetiva que isso, eu desconheço.